
Frieza, insensibilidade, apatia, desprezo. Essa é a definição da palavra indiferença no dicionário. Mais que isso. Esses são os sentimentos que regem grande parte da nossa sociedade, infelizmente.
Diariamente nos deparamos com campanhas publicitárias, reportagens e até políticas públicas que visam proporcionar conhecimento e concientizar a população sobre as diferenças, especialmente nos casos de deficientes físicos. São ótimas iniciativas, contudo, existe algo que está passando despercebido.
De que adianta falar sobre as diferenças se a grande maioria das pessoas é indiferente a isso? De que maneira as pessoas vão entender que cada ser é único, se criam uma bolha em torno de si, como se vivessem num mundo a parte ?
Talvez o grande desencadeador dos maiores problemas sociais seja exatamente esse : a indiferença. As pessoas estão cada vez mais alienadas, a ponto de não mais se sensibilizarem com crianças que dormem nas ruas, envoltoas apenas em uma folha de jornal. A miséria, a violência, a falta de acesso à educação...todos esses problemas não causam nenhuma reação à maioria das pessoas, como se simplismente não existissem.
É como se fosse da natureza humana essa desigualdade de condições e esse individualismo.. É estranho, mas é exatamente assim. O ser humano moderno vive isolado em uma bolha e tenta debater a aceitação das diferenças, como se pra isso não fosse necessário qualquer tipo de contato.
Não digo com isso que é desnecessário falar sobre as diferenças. Pelo contrário. Temos que entender que, ricos ou pobres, brancos ou negros, deficientes ou não, quando morremos nossos corpos vão todos para o mesmo lugar. E afinal, que graça teria se fossemos todos iguais ?
No entando, para que as pessoas entendam as diferenças, elas precisam deixar de ser indiferentes à isso. Precisam entender que a vida é um jogo de reflexos e que mais cedo ou mais tarde seremos responsabilizados por nossas açõe, ou não-ações.