Quem sou eu

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Eu tenho uma ideia formada sobre quase tudo. Mas me permito mudá-la. Afinal, como dizia Raul, "eu prefiro ser essa metamorfose âmbulante ♪". Tenho muitos sonhos. Eu busco, da minha maneira, ser um pouco melhor a cada dia. Valorizo demais a minha família. Tenho os MELHORES amigos do mundo. Gosto de desafios, de riscos. É como se eu tivesse necessidade de sempre provar pra mim mesma o quão forte eu posso ser. Gosto muito das palavras, mas valorizo muito mais as ações. Música. MUITA música. Adoro dançar. Acredito em Deus. Sou uma pessoa abençoada. Sou à favor da liberdade de expressão. AMO cinema, teatro, coral, concertos, fotografias e afins. ARTE. Sou apaixonada pelo Jornalismo. A não-obrigatoriedade do diploma NÃO me assusta. Se você for mesmo BOM, sempre terá vez. Sou persistente. Inteligência me fascina. Gosto de gente que sabe o que quer. Gosto de ser surpreendida. Busco sempre o melhor nas pessoas. Adoro escrever. Leio muito. Confio em mim. Quero conhecer o MUNDO. Acho que o amor é um sentimento revolucionário. Não gosto de promessas. Não sei se o pra sempre existe. Por isso faço o possível pra que todos os momentos sejam bons e valham uma boa lembrança.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A história do maluco

- Em homenagem ao meu pai, que gostou muito do texto e disse que, ao lê-lo, lembrou-se do eterno Raul Seixas.

Bartolomeu ou Boquina, ou “Filósofo”, como queira, era um espertalhão, mas não furtava, não batia carteira, não vendia falsos bilhetes premiados, não enganava velhinhos. Sua especialidade era ganhar o pão de cada dia dos espertos sem trabalhar, na conversa. Tinha uma alma de criança. Era de um bom humor invejável, um palhaço ambulante. Fazia piada de tudo, até dele mesmo. Dava risada da sua estupidez.
O jeito de se vestir,andar, viver, era diferente. Era um miserável, não tinha riquezas, jóias, carros, celulares, nem casa para morar, mas tinha o que muitos procuravam: uma mente livre. Bartolomeu fez junto com seu companheiro de estrada, Barnabé, quando ainda eram adolescentes, uma música chamada “ Louco genial” . Fizeram dela um tema de suas vidas. Cantavam-na na saída dos teatros, escolas, reuniões de executivos, enfim, em todos os lugares, em especial quando os “normais” da sociedade olhavam para eles com desprezo.

Você acorda, levanta, reclama e faz tudo igual
Luta para ser aceito, notado e sair no jornal
Corre atrás do vento como uma máquina imortal
Morre sem curtir a vida e jura ser uma pessoa normal

Olha para mim e me diz com ironia social
Eis aí um maluco, um sujeito anormal
Sim, mas não vivo como você em liberdade condicional
Sou o que sou, uma mente livre, um louco genial.


Bartolomeu era um mestre em maluquices. Amava os adolescentes, chamava-os de “grandes cérebros”. Mas cutucava os mauricinhos que gostavam de torrar a grana dos pais sem nenhum sentimento de culpa, os fissurados em produtos de marca. Tirava o sarro neles cantando a sua música. Era um maltrapilho livre, não tinha nada, mas tinha tudo.
Uma coisa era incontestável: de baixa autoestima jamais morreria. Apesar de sua imensa pobreza, tinha doses elevadas de alegria. Era um herói diante da miséria social existentes nas imensas cidades. Foi esmagado pela vida, mas sobreviveu.
Gostava de perturbar os intelectuais. Achava que a maioria deles era pessimista, fechada, melancólica. Para ele, os intelectuais deveriam ser como Einstein, meio músico, meio palhaço, meio “louco”.


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